Hoje, com o fenômeno “fast fashion” que cresce a cada dia, com a incessante necessidade de acompanharmos a moda, a febre de comprar, comprar e comprar, quem ainda não se deparou com um armário cheio de peças que não usamos mais? No Brasil não existem dados, mas na Inglaterra a quantidade de roupas descartadas chega a 1 milhão de toneladas por ano !
Por lá, além das instituições de caridade que distribuem toda esta roupa, duas grandes cadeias do varejo de moda mundial, lançaram programas que dão vida nova às roupas que as próprias cadeias varejistas colocaram no mercado. São elas: a Marks & Spencer de Londres e a Uniqlo rede varejista japonesa. O bacana é que estas empresas estão se preocupando com as roupas que vendem e qual o destino delas no mundo.
Como funciona?
A Marks&Spencer lançou uma campanha para incentivar seus consumidores a reciclar suas roupas usadas. Para participar, é necessário que haja, pelo menos uma peça da Marks&Spencer na doação. Os interessados podem entregar as peças na instituição de caridade chamada Oxfam´s, muito respeitada em Londres, e que se encarrega de dar o destino certo aos modelitos.
O tema da campanha é: PLANO A, POIS NÃO EXISTE PLANO B.
Para engajar a galera fashion, é possível também doar durante a London Fashion Week. Em troca, os fashionistas conscientes ganham voucher de desconto para usar na Marks&Spencer. Mas é claro, que a intenção e os benefícios vão muito além do voucher.
Já a Uniqlo começou o programa de reciclagem em 2001 com as jaquetas de fleece das suas marcas, é o tecido que chamamos de soft. Hoje, expandiram o programa para todas as peças. Nos meses de março e setembro eles recolhem as peças descartadas pelos consumidores, as que ainda estão em bom estado são enviadas ao Nepal e Tailândia. As peças que não estão em boas condições, se transformam em fibras que são usadas como sistemas de isolamento térmico e luvas profissionais, são também convertidas em matéria prima para geração de energia. No ano passado a Uniqlo reciclou aproximadamente 800.000 peças onde 90% delas foram utilizadas ainda como roupas.
A moda consciente além de contribuir para uma vida melhor neste planeta, certamente agrega valor para as marcas destes grandes varejistas principalmente por estarem conectados a tendência ECO.
FONTE : http://www.springwise.com/fashion_beauty
Por Alessandra Janaudis Gimenez
Por Alessandra Janaudis Gimenez
(Alessandra Janaudis Gimenez é pós-graduada em Ciências do Consumo pela ESPM, atua na área têxtil há 7 anos com passagens pela Cia Hering, Vicunha e Rosset. Hoje faz parte do time de compras na Adar Milenium – importadora de tecidos para o mercado de moda. E-mail: alejanaudis@gmail.com .)
parabéns pelo blog, esta nos meu favoritos já!
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